Os Nossos Amigos

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Desde 17 de Agosto 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Florbela Espanca por Eunice Munõz



 1. Amiga
 2. De joelhos
 3. Sem remédio
 4. Fanatismo
 5. O meu orgulho
 6. Saudades
 7. Ódio?
 8. Versos de orgulho
 9. Rústica
10. A um moribundo

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Jorge Amado (1912-2001)

Jorge Amado nasce a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, distrito de Ferradas, município de Itabuna, sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de Faria e de Eulália Leal Amado.

Em 1913 vai para Ilhéus, onde passa a infância. Faz os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começa a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.

Publica seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931.
Casa-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.

Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935.
Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que faz sua longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.

Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.

Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu a sua filha Paloma.

De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.

A sua obra literária conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em formato de audiolivro.

Jorge Amado morre em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89 anos.

A obra de Jorge Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971), Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989), Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990), Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões (Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura (Brasil, 1997).

Recebeu títulos de Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha, Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10 universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente.

Jorge Amado sempre se orgulhou do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.


Card de www.sandrartsempoesias.blogspot.com




"Soneto do Amor impossível" , Jorge Amado
A Andorinha sinhá
A Andorinha sinhá
Andorinha bateu asas
e voou

vida triste minha vida,
não sei cantar nem voar,
não tenho asas nem penas
não sei soneto escrever.

Muito amo a Andorinha,
com ela quero casar.
Mas a Andorinha não quer,

Comigo casar não pode
porque sou Gato Malhado,
ai!)

Amado, Jorge - Gato Malhado e Andorinha Sinhá: Uma História de Amor.


domingo, 26 de agosto de 2012

AMA-ME

... Também nos dias em que não sou eu!
Dias que me ultrapassam,
dias que me fracassam,
dias passantes... dias em que não sou eu!

Ama-me!!! Não deixes de me sentir...
Diz-me que ainda sou o teu o teu sonhar,
ama-me...! Não vás ainda quero continuar,
a ser dia, a tua noite, quero em ti, por ti existir!


O tempo passa... mas não este Amor...
O que sinto e é teu, soberano, senhor,
de mim, da minha alma, do meu coração!

Ama-me!!! Sorri comigo meu doce amanhecer,
minha alvorada, minha jornada, meu adormecer,
e mesmo aquando dos meus cansaços, és tu a minha paixão!

Ama-me...o meu Amor por ti é sem fim!
Apareceu, chegou e tomou conta de mim!



 Maria Batista





 

sábado, 25 de agosto de 2012

Perdi-te a meio de um poema...

Perdi-te a meio de um poema
ficaram por escrever tantos anos da nossa vida
dedilhei as palavras que docemente me dançavam nos dedos
como murmúrios de uma musica que antecipa o fim
guardei-te num sorriso forçado que o teu olhar afagou
amei-te ali e para sempre
a meio de um poema
na eternidade de um abraço que falou por nós
no silencio das lágrimas que nos morreram nos lábios



















Ilustração: Escha Van den Bogerd




Maria José

Gosto quando chegas de mansinho...

Gosto quando chegas de mansinho
nesse teu jeito de criança feliz
quando me pegas ao colo
e fazes o meu corpo voltear
até eu te pedir que pares
enquanto me delicio
no sorriso do teu olhar
gosto quando me beijas
de uma maneira estonteante
que me deixa num estado de pura embriagues
como se me desses a provar de um vinho
cheio de corpo e alma servido numa boca quente e macia
entrego-me...
e tu vais derramando gota a gota sobre mim
perfumando cada parte do meu corpo
com o gosto e o cheiro...
que é teu gosto quando nos enrroscamos
nos convertemos num só
um só corpo, uma grande paixão
sentimento único de quem se ama
perpetuado o nosso momento ficamos assim…
num abraço intenso de quem receia perder
de olhos colados que transbordam o brilho
que denuncia o amor.



















 
 
Ilustração: Gustav Klimt



Maria José

No lusco fusco surgiu...

No lusco fusco surgiu,
em sorriso embebida.

Lágrimas escondia,
tão bem, que as não via.

Sabor colorido de mel,
o que passava para o papel.

Uma memoria longinqua,
de tempos remotos vividos.

Reencontro de semelhantes,
uma estrela que caía.


Sol da noite

Quem é Sol da Noite?

Sol da Noite, heterónimo de Vítor Viana.
Nasceu no Porto, Portugal em 1960.
Reconhece-se como cidadão do mundo e escreve poesia desde 1976, aquando do inicio das suas deambulações por diferentes países (de Gaia planeta que habita, e por onde vai planando...).
As suas grandes paixões são viajar,fotografia e poesia. Nuclear como o afirma, ler.
Gestor de empresas até 2008, aposentou-se para se dedicar à actividade de livreiro antiquário, actividade que exerce.
Tem vários livros de poesia escritos, ainda sem titulo e por editar,  desconhecendo conforme afirma se alguma vez isso irá acontecer.
Participou em varias tertulias literárias e fez parte do Bureau Surrealista do Porto na decada de 80.

No Facebook têm o perfil "Poesia E Arte" e "Bibliothèque Du Valais", para além de administrar o Grupo Poético VOAR NA
POESIA.




 











...e sombras;...que por gente se fazem passar, naquelas pedras gastas do tempo passado. Que já minhas foram, antes de partir.



 

Quando de noite te visito...


Quando de noite te visito,
no teu calor dormente me envolvo.

 Percorrendo teu corpo,
meus lábios descobrem mundo novo.

 Do teu corpo nu a alma flutua,..
contemplando o meu tesão.

 Minha paixão!

 E então da noite faço o dia aparecer,
na ânsia de amanhã de novo te ver.

 
 
 
 
Vencedor do POEMA DA SEMANA
Grupo VOAR NA POESIA
24/8/2012
 
 
Ex-Gestor de empresas, livreiro antiquário planando por Gaia, planeta que habita.
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Branca de Gonta Colaço (Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro Colaço) (1880-1945)

Branca Eva de Gonta Syder Ribeiro nasceu em Lisboa a 8 de Julho de 1880, filha do político e poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder.
Nascida numa das famílias mais ligadas à actividade intelectual da época, na sua juventude convive com nomes de relevo das letras e das artes portuguesas.
Com apenas 18 anos de idade, casa em 1898 com o pintor e azulejista Jorge Rey Colaço, adoptando o nome de Branca de Gonta Colaço. (O apelido Gonta, na realidade um sobrenome, deriva de Parada de Gonta, a aldeia natal de seu pai.)
Cedo revela imenso talento para as letras, iniciando-se como poetisa e como colaboradora de publicações literárias, contribuindo activamente para um grande número de jornais e revistas.
Deixou colaboração dispersa por múltiplos peródicos, com destaque para os jornais O Dia, de José Augusto Moreira de Almeida, e O Talassa um periódico humorístico na altura dirigido pelo seu marido.
Por iniciativa sua, a Academia das Ciências de Lisboa promove em 1918 uma homenagem a Maria Amália Vaz de Carvalho. Nessa ocasião distinguiu-se também como conferencista e recitalista.
Poliglota, escrevendo correntemente em inglês, são-lhe pedidas pelas editoras váriadas traduções. sendo-lhe devidas algumas de grande mérito.
A sua obra multifacetada abrange géneros tão diversos como a poesia, o drama e as memórias. Nela dá um valioso retrato das elites sociais e intelectuais portuguesas do seu tempo, com as quais conviveu e de que fez parte.
Com uma obra reconhecida em Portugal e no Brasil, França e Espanha, foi distinguida por várias sociedades científicas e literárias portuguesas e estrangeiras. O Estado português agraciou-a com a Ordem de Santiago da Espada.
Branca Colaço foi mãe do escritor Tomás Ribeiro Colaço e da escultora Ana de Gonta Colaço.

Faleceu em Lisboa a 22 de Março de 1945.







Card de www.sandrartsempoesias.blogspot.com



Hora da sesta

Sol posto… Hora de magoa e de saudade.
Aza negra a encobrir da terra a fronte.
Na penumbra que desce ao mar e ao monte,
Ha presságios de ignota adversidade!

Escuro e lento, o fumo da cidade,
por sobre a faixa rubra do horizonte,
como estendendo lutuosa ponte
Cruza de norte a sul a imensidade…

Tudo na sombra se confunde e irmana!...
Assim no mundo acaba a vida humana
do humano desconcerto entre os baldões…

Assim ao cabo a treva tudo enlaça,
e como fumo efêmero que passa
vão passando no Tempo as gerações…

Branca de Gonta Colaço

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FLORBELA ESPANCA (Flor Bela Lobo) (1894-1930)

A 8 de Dezembro de 1894 nasce em Vila Viçosa, Florbela Espanca,tendo sido baptizada, como Flor Bela Lobo
A 20 de Junho de 1895 foi registada como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai  incógnito.
Passa a sua infância em Vila Viçosa começando em Outubro de 1899 a frequentar o ensino pré-primário, passando a assinar Flor d'Alma da Conceição Espanca (algumas vezes, opta por Flor, e outras, por Bela).
Em Novembro de 1903, aos sete anos de idade, Florbela escreve a sua primeira poesia de que há conhecimento, «A Vida e a Morte», mostrando uma admirável precocidade e anunciando, desde já, a opção por temas que, mais tarde, virá a abordar de forma mais complexa. Ainda no mesmo ano, Florbela começa a escrever uma poesia sem título, o seu primeiro soneto.
Conclui a instrução primária em Junho de 1906, entrando para o actual sexto ano de escolaridade em Outubro do mesmo ano.
Em 1907, Florbela, aponta os primeiros sinais da sua doença, a neurastenia; além disso, escreve o seu primeiro conto, «Mamã!».
Em 1908, Antónia Lobo, a mãe de Florbela morre vítima de neurose, após o que a família se desloca para Évora, para Florbela prosseguir os seus estudos no Liceu André Gouveia, com o chamado Curso Geral do Liceu, cuja sexta classe (próxima do 10º ano actual) completa em 1912.
Em 1911, começa a namorar com Alberto Moutinho, mas acaba por se afastar deste, em virtude de uma nova paixão por José Marques, futuro director da Torre do Tombo.
Em 1912 rompe com José Marques e  reata o namoro com Alberto Moutinho e, a 8 de Dezembro, uma vez emancipada, casa com ele, pelo civil, aos 19 anos.
Em 1914, apesar de algumas dificuldades económicas, o casal muda-se para o Redondo, na Serra d'Ossa, onde abre um colégio e lecciona. Numa festa do colégio, Florbela recita, pela primeira vez, versos seus em público.
Em 1915 Florbela inicia o seu caderno «Trocando Olhares» , que completa ao longo de cerca de um ano e meio.
Em 1916, a revista «Modas e Bordados» publica o soneto «Crisântemos», cheio de alterações ao original, e Florbela torna-se amiga da directora e da sub-directora da revista, Júlia Alves, com quem, aliás, inicia correspondência. Alguns meses depois, torna-se colaboradora do jornal «Notícias de Évora», e desiste de um projecto intitulado «Alma de Portugal», um livro de acentuada carga patriótica, e que conteria as partes «Na Paz» e «Na Guerra».
Em 1917, após ter regressado a Évora, Florbela completa o actual 11º ano do Curso Complementar de Letras, com catorze valores; apesar de querer seguir essa área, acaba por se inscrever, em Outubro, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, o que a obriga a mudar-se para Lisboa, onde começa a contactar com a vida boémia.Durante esta sua permanência conhece Mathias Brahams, um aviador que com quem tem uma paixão incandescente.
Na sequência de um aborto involuntário, em 1919, Florbela tem de se mudar para Quelfes, perto de Olhão, onde apresenta os primeiros sintomas sérios de neurose. Pouco depois, o seu casamento desfaz-se e Florbela decide ir para Lisboa prosseguir o curso, separando-se do marido, e passando a conhecer a rejeição da sociedade. Em Junho de 1919, depois de alguma correspondência trocada com Raul Proença, sai a lume o «Livro de Mágoas»; posteriormente, completa o terceiro ano de Direito.
Em 1920 inicia «Claustro das Quimeras»; simultaneamente, passa a viver com António Guimarães, em Matosinhos, com quem se casa em 1921, após o primeiro divórcio.
De volta a Lisboa, em 1923, Florbela vê publicado o «Livro de Soror Saudade» mas tem de se mudar rapidamente para Gonça, perto de Guimarães, para se tratar de um novo aborto. Assim, Florbela separa-se do marido, que pede o divórcio, oficializado em 1924; isso leva a que a família de Florbela não lhe fale durante dois anos, o que a abala muito.
Em 1925, depois de se ter mudado para a casa de Mário Lage em Esmoriz, casa com ele, pelo civil e, depois, pela Igreja.
Em 1927, enquanto Florbela traduz romances franceses para a Livraria Civilização no Porto (que publica oito trabalhos seus), e prepara «O Dominó Preto», o seu irmão falece, o que a torna uma mulher triste e desiludida e inspira «As Máscaras do Destino». Enquanto a relação com o marido se desgasta progressivamente, a neurose de Florbela agrava-se bastante; é neste período que, possivelmente, se apaixona pelo pianista Luís Maria Cabral, a quem dedica «Chopin» e «Tarde de Música»; talvez por isso, tenta suicidar-se.
Em 1929, Florbela passa por Lisboa, onde lhe é recusada a participação no filme «Dança dos Paroxismos», de Jorge Brum do Canto, e segue para Évora, onde, em 1930, começa a escrever o seu «Diário do Último Ano». Passa, então a colaborar nas revistas «Portugal Feminino» e «Civilização», e trava conhecimento com Guido Battelli, que se oferece para publicar «Charneca em Flor». Já em Matosinhos, Florbela revê as provas do livro, depois da segunda tentativa de suicídio, em Outubro ou Novembro, período em que a neurose se torna insuportável e lhe é diagnosticado um edema pulmonar.
A 8 de Dezembro, dia do nascimento e do primeiro casamento, Florbela suicida-se, cerca das duas horas, com dois frascos de Veronal.


Card de Sandra Art www.artsempoesias.blogspot.com



Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!

                                   Florbela Espanca

sábado, 18 de agosto de 2012

Quem é António Carlos Gomes?

Nascido em Terras de Vera Cruz (Brasil), São Paulo.
Começou a escrever aos 11 anos.
Participou no 1º Grupo de Teatro do SESC.
Doutorou-se em Medicina em Marilia.
Enquanto se formava foi diretor artistico do GETAM Grupo Estudantil de Teatro Amador de Marilia, grupo que ainda hoje se encontra activo.
Publicou o livro -OS ANTIPODAS - em parceria com Francisco Quirici, também estudante na mesma época.
Enquanto exercia a sua actividade profissional continuou escrevendo e guardando o que escrevia, em pré-aposentadoria passa parte do seu tempo participando em grupos poéticos e publicando os seus trabalhos no seu blog www.tony-poeta.blogspot.com .

EGOISMO - GOMES Antonio Carlos

Preciso ser egoísta.
Ser outro,
Não só depender do outro.
...
Preciso recuperar a onipotência
Da chama da vida
Que me fez nascer.
Preciso ser outro.

Quebre-se:
-O condicionamento social repressivo,
De falar amém,
Ser gentil... Despojado.
Necessito ser outro...
Agressivo...
Inconseqüente...
Para poder me equilibrar...
E recuperar você.

Tony-poeta
Sem data
 
 
Vencedor do POEMA DA SEMANA 
Grupo VOAR NA POESIA
17/8/2012
Poeta de nascença, medico por formação que filosofa quando não tem nada a fazer.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

VOAR NA POESIA (Grupo)

Este é um site destinado a apresentar as poesias, ensaios e escritos, publicados no Grupo VOAR NA POESIA que desde a sua publicação (independente do dia) obtenha maior numero de GOSTOS até à hora anunciada a todos os membros de todas as sextas-feiras.
Quer isso dizer que teremos pelo menos uma publicação semanal, outras haverá resultantes de outros eventos.
Será assim uma forma de homenagear não o "melhor" trabalho, mas sim  que obteve maior numero de pessoas a com ela se identificarem.
Os trabalhos que farão parte desta selecção serão unicamente trabalhos originais de membros do Grupo, não sendo considerados outros trabalhos.
Para quaisquer assunto omisso a este "regulamento" poremos o mesmo à consideração dos membros do Grupo.

Para além das publicações referidas teremos ainda disponivel uma "etiqueta" direccionada para biografias de poetas de lingua portuguesa.

vviana
(Poesia E Arte) (Livroscom Asas) (Bibliothèque Du Valais) (Sonhar Poesia) (Enquanto Poesia) (Biblio Filo)
www.enquantopoesia.blogspot.com
www.bibliothequeduvalais.blogspot.com


M.C.Batista
(Maria Batista)
www.umolhardemariabatista.blogspot.com